sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Como a vida de faz de horas, dias e anos hoje tive assim uma hora daquelas.
A quem interessar.



O empresário, o capital humano e a liderança.

Este artigo não visa os extraordinários empresários e verdadeiros líderes e homens que verdadeiramente contribuem para o engrandecimento de Portugal e dignificam com a sua liderança o capital humano que detém nas suas empresas e dele retiram valor acrescentado. Para esta classe de empresários a minha gratidão em nome dos Portugueses em geral e dos seus empregados em particular.

Um grande bem-haja.

Mas, e há sempre um mas, infelizmente existem muitos empresários, quiçá talvez em excesso que não são nem uma coisa nem a outra acima referida, isto é nem empresários e muito menos líderes, e o artigo que se segue é-lhes dedicado em particular, é que hoje estou particularmente incomodado.

Quem não gostar sugiro que lhe acrescente ingredientes a gosto e contribua para que eu mude de opinião.

Em Portugal no que a empresas diz respeito, e tendo por base que em princípio são o reflexo dos valores dos empresários que as criam, é deveras encantadora e de tal forma enternecedora a análise que faço que me lembram muitas vezes Saint Exupéry.

O cuidado especial na escolha do capital humano, arrancando as ervas daninhas e a inteligência emocional, destruindo-o portanto.

A vaidade, legítima claro, simultaneamente construída sobre um monte de falácias fazendo crer que as suas características e condições são únicas e ímpares havendo um fundo de verdade mas pelo lado negativo.

Olham para as suas empresas como um Rei, alguns embriagados pela vaidade outros por negócios que entendem os melhores e os que devem ser feitos, mas ruinosos em toda a extensão pela forma e conteúdo arrastando consigo o capital humano a quem em última análise há-de ser assacada a responsabilidade.

Imaginam as suas empresas como se fossem um planeta onde os que os rodeiam, só respiram quando abrem a boca, pensam eles.

Consideram as suas empresas numa tal dimensão de enquadramento económico e financeiro que o capital humano, a que me referi como substantivo, passa a um conjunto de pequenos planetas que nem órbitas têm, pensam eles e chegando mesmo a ter o epíteto de incompetentes, não se faz pão sem farinha.

A verdade é se encontram na maior parte das vezes como se estivessem num deserto a falar com a serpente, isto é sozinhos, pois para o tal capital humano apenas resta o cinismo e o veneno da relação que estabelecem com os seus funcionários, tendo sempre por perto a tal da raposa, que não lhe ensina a cativar nem a criar laços mas sim a menorizar e extrair tudo o que bom o tal capital humano poderia acrescentar de valor e é neste exacto momento que o problema de alguns empresários começa quando a flor que viram crescer, porque a viram nascer, crescer, e a regaram com generosidade e liderança participativa, começa a definhar e aí sentem-se enganados pela flor (leia-se o capital humano) por ele escolhido, momento crítico e desastroso em que a colisão é inevitável, entre o conhecimento e a competência.

Sabemos que conhecimento e competência são interdependentes mas uma tem que dar lugar por consequência à outra e isso por uma certa ordem e não porque apenas detendo o poder se decide como.

A tristeza que me assola, neste exercício de raciocínio, resulta no facto de pensar nos milhares de funcionários que estão nas mãos destes incompetentes e a quem lhes é destruída a capacidade, abnegação, valor, e dignidade, entrega e que vêem hipotecado um futuro profissional e pessoal.

O maior pecado e melhor caminho para o fim de uma empresa, destruir o capital humano.

Podia e até me apetecia falar sobre as empresas de diferentes segmentos e áreas o sobre o seu real valor, expor o meu juízo de valor, não o faço.


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