segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um dia depois de ontem e um antes de amanhã, é como me sinto.
Reflexivo e a ponderar.
Afinal que espécie é esta à qual pertenço?
Será este o ideal de Final perfeito?
A ausência de referências, sérias há mas são muito poucas, na sociedade contemporânea leva-me a um grau de apreensão que há muito não sentia.
Vivemos rodeados de indivíduos que individualmente ou em grupo têm poder, um poder que exercem transversalmente oriundo de ideologias que não servem nem a montante nem a jusante, conduzindo a civilização para o caos que está instalado e no qual parecem movimentar-se razoavelmente bem, esses que exercem o poder, não conseguindo no entanto ser líderes, um paradoxo ou não. 
Assistimos a uma Europa sem rumo, mas com intenção (caos social, a vergonha de assistir placidamente à construção de um muro de 175 kms “dentro de portas”, destruição da soberania dos estados invocando razões e aplicando “justiça” a torto e a direito, desenterrando ódios que se julgavam extintos), o que por si é deveras aterrador, caminhando ao lado, neste pérfido caminho dos Estado Unidos presos e atados aos lobbys e poder financeiro, a montante um silêncio absoluto, a jusante desordens, crimes, a negação e erradicação dos valores mais elementares do ser humano, com a condescendência dos Estados Unidos. O continente Africano foi paulatinamente pilhado e saqueado por uns e outros, ficando sem voz e à mercê dos algozes da Europa, América e Ásia. Ao que assistimos na Ásia também não augura nada de bom nem de pacífico, pois o Japão altera a constituição para poder rearmar-se e desenvolver o seu exército, a china ocupa um País (Nepal) que tem 3x a área de França, e instala-se de armas e bagagens, literalmente, anulando e obrigando o povo à aculturação por todos os meios tidos por convenientes que no caso são 150.000 militares. No Médio Oriente o recuo até Maomé até se entende mas não compaginável no contexto global de evolução, e os ódios, vinganças estalaram e libertaram uma “besta” que existia, até há poucos anos, nos livros (Bíblia, Corão, Suna, Kadosh) e afinal é bem real. Na Oceânia o silêncio é quase sepulcral e perturbador, por um lado entende-se que a Austrália e Nova Zelândia não se identifiquem com este cenário e optem por este silêncio, onde cabem inocentes e culpados, mas são parte integrante das soluções e dos problemas, e isso não pode ser aceite como uma opção, deve por outro lado ser encarado como um dever civilizacional.
O caos a que chegamos, e que não tem assim muitos cenários possíveis, é arrasador para uma espécie que caminha à 200.000 num trajecto errante e aleatório como se fosse uma criatura insatisfeita, irresponsável e que não sabe o que quer.
Da evolução esperava, paz, prosperidade, lucidez, sã convivência, entendimento entre todos à luz dessa mesma evolução, e afinal entregou-nos concupiscência, xenofobia, egoísmo, ódios, vinganças, guerras.
Faço votos de que não, mas penso que nos irão vencer pelo cansaço e nos deixarão a todos exaustos e a lamber as feridas. Um fim e o fim em si mesmo.
O estado da civilização actual mais para uma fase retrógrada, a do recolector, consumindo, destruindo e nada repondo ao bom, ao gosto dos senhores que actualmente exercem o poder.
Vencer um povo é uma tarefa hercúlea mas possível mesmo que apenas por um homem só, mas uma civilização inteira, o no caso 7 Biliões vencidos, oprimidos e resignados às mãos de 20 ou 30 pessoas, que é estranho é. 
Atribuir o ponto civilizacional em que estamos a arquitecturas malévolas do tipo Eugenia, e Maçonaria mais ou menos impactante parece-me que peca por defeito. Acredito seriamente que uns e outros fazem o trabalho cujo resultado é o que se vê.
Termino como comecei, perguntando a mim próprio, afinal que espécie é esta a que pertenço.

 Um final perfeito para uma espécie que em 200.000 não corrigiu e pior não aprendeu como os erros, eu tenho uma esperança média de vida aí de 80 anos e cometi e cometo erros vou tentar fazer a minha parte, convencido que teremos um final desastroso. 

4 comentários:

  1. UiUi "convencido que teremos um final desastroso" tanto pessimismo! A palavra é importante mas os actos ainda mais!!!! Como vivo neste país é com ele que me importo, pena não sermos corajosos como alguns...portanto da próxima vez que houver uma manifestação (para o bem ou para o mal) levanta o cuzinho do sofá e grita... Um povo é assim que deve fazer, até pode não ter efeitos e ser utopico mas somos nós que fazemos o nosso happy ou unhappy end.... Mas eu não sou filosofa, falo pelo coração.... eheheh

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo que nada é portador do conceito da inevitabilidade, no entanto ao fim de tantos anos mais parece uma verdade incontornável em que não basta fazer como a água e contornar o obstáculo. Está na hora de o enfrentar. E o desafio, penso eu, gira abordagem a ter para enfrentar este desafio civilizacional. Tendo em conta que os actores afinal somos todos mas apenas alguns nos conduzem, e nos deixamos conduzir, por este caminho?

      Eliminar
  2. Ah esqueci-me aquele senhor, o mais inteligente do mundo, o da teoria do nada conseguiu um fianciamento para o estudo e descoberta de seres extraterrestres....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também não creio que isto ajude a enfrentar e muito menos resolver os problemas com que nos debatemos, mas é sempre bom rir, é um bom remédio. Fica aqui a nota "Raelianos querem, note-se que não pediram, querem mesmo que Portugal os deixe abrir uma embaixada extraterrestre. Estes já nem se preocupam em descobrir já sabem e já estão prontos para os receber. Sintomas de de cadência neural colectiva há-os por todo o lado. Suspiremos e aguardemos a ver como termina este film e.

      Eliminar