segunda-feira, 16 de junho de 2014

O fato e o resultado do pressuposto

Por vezes somos como que atingidos pelas impressões dos outros, as ideias dos outros e os juízos de valores do outros. Respeito tudo isso, pois a minha condição de ser humano e de civilidade a isso me conduzem.

Exijo e reclamo no entanto o espaço que medeia entre o fato e o pressuposto, para dele fazer uso e a interpretação que entendo como justa medida.  

Tal como na obra mais famosa de Gustave Flaubert “Madame Bovary, cujo romance não é mais do que uma depreciação dos valores burgueses à época em que o próprio Flaubert ridiculariza sua própria condição social, também por vezes sinto e apetece-me fazer exactamente o mesmo.

É certo que não corro o risco como Flaubert de ser levado a tribunal por escarnecer da minha condição, existem por aí alguns que entendem isso como atitude comportamental a raiar o desconcertante, cá para mim chamo-lhe despertar consciências.

Isto surge a propósito de tudo e de coisa nenhuma, pois por vezes a verdade incomoda e verter juízos de valor podem conter imprecisões, desfasamentos temporais e descontextualização.

A descontextualização, como a própria palavra sugere e indica, transporta-nos do fato para o pressuposto e vice-versa isso é um risco intelectual elevado. A razão é de que a linha entre ambos é muito ténue e nebulosa não devendo no entanto misturar-se sob pena de terminarmos com um conjunto de inverdades, não fatos e desfasamentos, no regaço.

Na cabeça.

À luz dos valores comportamentais e daqueles a quem mais falta fará um guia para discernir entre aspectos culturais e comportamento e assim perceberem onde e em que fase de evolução como cidadãos e seres humanos, se encontram. Sugiro a leitura, não transversal mas atenta do livro Comportamento e Práticas Culturais”, de Márcio Moreira.



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