quarta-feira, 15 de janeiro de 2014



Um conto para crianças...
- Amanhã é dia de que? – Meus filhos perguntam, os três ao mesmo tempo.
- Amanhã é dia de vovô e vovó – Eu respondo.
Eles saem saltitantes pela casa brincando e gritando.
-EBA! Amanhã é dia de vovô.
Como é bom "ser" criança e esperar pela visita dos avós no. Uma semana eles vêem, outra nós vamos.
Neste dia, o vovô veio cheio de papéis, cola e tesoura. É dia de vovô e também de churrasco. OBA!
A surpresa do dia. O Vovô faria papagaios de papel para as crianças. Depois do churrasco, o vovô sentou, rodeado de seus trinetos para confecionar papagaios de papel. Sentados lá na garagem, ficaram a tarde toda a fazer um, enquanto ele resgatava gostosas memórias de sua própria infância. Uma tarde não seria suficiente para os três papagaios. Mas a diversão já estava preparada. Só faltava o vento!
Onde estava o vento?
Naquela tarde muito quente de verão não tinha vento, mas não impediu que nos divertíssemos da mesma forma. Foi preciso mais um domingo para o término das pipas. E o tão esperado dia de vento apareceu, afinal. Munido dos três papagaios de papel., dos trinetos e eu, com a câmera a tira colo, vovô partiu para o que seria a nossa aventura dominical. Chegamos de mansinho naquela praça no final da tarde. Havia crianças brincando de bola, crianças no balanço, outros exercitando-se. Talvez, chovesse. Talvez ventasse. Estava estranho. A principio, nenhum vento, para a tristeza das crianças. O vovô meio desapontado olhava para as nuvens. De repente, uma brisa o animou. Ele disse:
- Olha o vento! – Correu para o carro e buscou as três pipas.
Elas teimaram um pouco, mas subiram. Aos poucos as crianças pegaram o jeito. Corriam pela grande praça, enquanto os papagaios de papel. voavam chamando atenção do restante das pessoas. Aos poucos outras crianças foram surgindo e querendo experimentar, crianças, talvez, sem um avô maravilhoso como este que confeccionava papagaios de papel.
De longe, sentada no banco eu registrava os momentos com todas as fotos que podia. Meu pai ao lado dos netos e rodeado de crianças de todas as cores. Agradeci pelo momento tão maravilhoso desfrutado ao lado de meu pai e meus filhos trigêmeos.
Uma brincadeira quase tão rara nas nossas praças de cidades grandes com pais e avôs ocupados. Uma brincadeira gostosa num lindo final de tarde de verão coroada pelos raios de um por de sol igualmente raro.
Como é bom "ter" crianças e viver toda esta alegria.
Por isso, não me canso de agradecer:
-Obrigada.Viva o Vovô e os seus papagaios de papel.!
(Aline Dexheimer)

Sem comentários:

Enviar um comentário